Por que reciclar?

O óleo, quando jogado na pia, pode trazer graves consequências para o meio ambiente. Além disso, é um dos maiores causadores de entupimentos da rede de esgoto, o que é incômodo e gera gastos desnecessários.

O óleo é de difícil degradação no meio ambiente, e por não se dissolver na água e ser mais leve que ela, acaba se acumulando na superfície de rios, lagos e aquíferos, formando uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo a base da vida aquática e, por consequência, todo o ecossistema ligado a ela.

A reutilização excessiva do óleo para frituras pode ser perigosa. Ao passar por aquecimento repetidas vezes, o óleo acaba perdendo suas propriedades originais. Ele torna-se escuro, mais viscoso e mais ácido, conferindo aos alimentos sabor e aroma desagradáveis. Além disso, passa a conter substâncias nocivas à saúde.

Sabão caseiro a base de óleo

Um destino alternativo e muito comum ao descarte de óleo na rede de esgoto é a produção caseira de sabão em pedra. O grande risco desse uso está na manipulação de produtos perigosos, como a soda cáustica, e a utilização de proporções inadequadas da mesma. A soda cáustica é um produto altamente alcalino. A alcalinidade é uma propriedade importante para medir o poder de limpeza de um sabão. Pela legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, responsável por regular produtos do gênero, o pH máximo de um sabão deve ser igual a 10 e o controle da alcalinidade é feita pelo teor de óxido de sódio que deve ser no máximo de 1% . Níveis acima desse podem causar queimaduras à pele e danos às superfícies onde o sabão é utilizado. As receitas caseiras não se atentam a essa regulamentação, ultrapassando muitas vezes o teor ideal de óxido de sódio. Se você reutiliza seu óleo na produção de sabão caseiro, certifique-se de que está usando as proporções adequadas e evite riscos à saúde. .